28.9.06

deus existe

e se chama Alejandro Jodorowsky.

22.9.06

cacá e o festival do rio - tudo a ver

Refeito depois da derrota na corrida pela vaga ao Oscar, Cacá Diegues foi prestigiar a abertura do evento. O diretor lamentou por não ter seu "Maior amor do mundo" como representante brasileiro para uma das cinco vagas de melhor filme estrangeiro. "Quando você entra numa competição, você acha que merece ganhar". (...) Perguntado sobre quais filmes veria no festival, o cineasta respondeu: "depende de quantos convites eu vou ganhar".

do globo online de hoje.

13.9.06

curta no jornal, na internet, na sala de cinema, nas cabeças das pessoas

Hoje saiu no Globo uma chamada para a sessão do Cachaça. Bonitona, com foto enorme, texto curto e definitivo. Beijo de Sal relacionado a Lucrecia, com seriedade de gente grande. De algum tempo pra cá, com tanto festival, mostra, cineclube passando curta, com tanto curta sendo feito e exibido de alguma maneira, esse formato tem ganhado mais e mais espaço na mídia, e cada vez mais naturalizado como filme e ponto. Curta É filme e ponto. É CINEMA. Muitas vezes mais potente que muito longa. E esse movimento de inclusão do filme curto, agora visível tb na grande mídia, é mais um dos fatores favoráveis à consolidação de uma nova geração de cineastas, geração que tb exibe filmes pela internet mas que nem por isso deve ser restrita à web. Também novos espectadores, em um novo tempo. É hora sim de trazer de volta a Lei do Curta, com uma regulamentação justa e viável, que abra as portas pro novo cinema brasileiro. Porque isso não é uma questão do curta-metragem, é uma questão do cinema nacional como um todo. E a hora é agora.

A retomada já passou há muito. Vamos dar o próximo passo.

Lis.

(ah, q fique claro q assino pelas minhas opiniões, já q o cachaça são 4 indivíduos, cada um com sua própria cabeça grudada em seu próprio corpo)

aqui embaixo a chamada do segundo caderno (clica em cima pra ver maior):



o vôo e o beijo

comentei com o felipe, autor do filme de q tanto falei abaixo, das minhas impressões sobre o vôo 93. ele me passou um parágrafo, resultado de correspondência com o kleber mendonça (q não gostou do filme - vejam em www.cinemascopio.com.br -, mas quem indicou o beijo pra gente) sobre o longa. achei interessante, e faço minhas as palavras dele. reproduzo abaixo. abjs, lis.

"acabei de ver o voo 93. adoraria discutir contigo re: sua pergunta: por que do filme? acho um filme super sensorial, cuja proposta eh te colocar ali dentro, e viver tudo aquilo q nao tivemos oportunidade de viver. o sublime do terror, o terror do sublime. esse desejo q jamais admitimos de presenciar uma guerra, o trágico. terror total. o sublime kantiano. perfeito pra uma geracao como a nossa, que raramente sente, uma geracao doomed pela ausencia de eventos centrais. nós por aí, sonambulando, tanto qt os personagens de miami vice, tentando encontrar eventos centrais q ajudem a nos definir. o filme nos dá a oportunidade de experimentar o terror que definiu aquelas pessoas que estavam no aviao. e acaba nos dando a oportunidade de sentir o que eles sentiram de maneira tao visceral, e possivelmente (no meu caso absolutamente) sentir por essas pietás-- ao invés de simplesmente olhar pra elas com distancia, estampadas em mais uma foto de jornal. o outro q sofre sem eu sofrer por ele. nao me lembro a ultima vez que eu me senti tao tenso dentro de um cinema. abraçao, F "

12.9.06

o próximo (q em 2 dias será o último. oh, well...)

fomos mais uma vez pro festival de curtas de são paulo. panorama. aço. devia ter uns 70 curtas brasileiros. escolhemos 3 filmes premiados pelo ccc. venham ver e dizer o q acham. mal ou bem, não deixa de ser uma visão nossa sobre a nova safra. e como as safras variam.... nesse ano mesmo foi a coisa mais esquisita isso de não ter filme do kleber. e nem o helvécio estar lá. o mundinho dos curtas tem umas figuras q não deviam nunca estar ausentes. fazem falta de verdade. aliás, não venham depois ficar metidos qdo fizerem longas, hem? sejam sempre curtametragistas, fazendofavor.

mas, mais q tudo, venham ver essa sessão gostosa - os 3 premiados do cachaça no fest sp (a lente e a janela ganhou 'melhor retrato da realidade nacional', como nos quase ortodoxos prêmios do fbcu; estestor ganhou 'melhor documentário etnográfico' (tem q ver pra entender), e manual para atropelar cachorro, do excelente-surpreendente-desavergonhado Rafael Primo levou o troféu de 'melhor filme de amor'. não percam.

só q essa sessão não deixa de ser um panoraminha, mesmo q um panorama bem nosso. pra galera q vai ao odeon, q 'vareia' à beça, etc, mas um panoraminha. e tem um filme q não tava lá em sampa e q tem q estar em qquer coletânea de 2006, qquer papo de bar sobre os novos curtas: e este é BEIJO DE SAL. Beijo de Sal é do Felipe, menino boa gente q andou pelos estêites e q volta com essa pequena pérola. você pode até, depois de assistir ao filme, discutir comigo sobre minha avaliação, sobre a sua, ..... mas certamente vc vai ter sido afetada(o) por este curta. muito mais realidade q o cinema brasileiro tem sido capaz. parabéns, rapaz.

engraçado q acabo de assistir ao vôo 93. fiquei enjoada fisicamente, entrei no 11 de setembro em pleno 11 de setembro (quem teria tamanho mal gosto?). tem me impressionado essa tendência, que creio vir da absorção da linguagem dos reality shows, dos filmes feitos pro espectador se sentir realmente participando da ação, sendo o olho da câmera. sei lá. mas beijo de sal é assim tb. aquele personagem principal pode ser eu, vc, o diretor, qquer um. e o outro, o anti-herói, o incômodo, o sem-noção tb - podia ser eu, vc, ou qquer amigo inconveniente. bom, xá pra lá, assistamos no Odeon nesta quarta e discutamos à base de pinga depois.

ah, meninos da cinética e da contracampo: venham à sessão e escrevam depois - estou curiosa...

té quarta;

\Lis.