13.9.06

o vôo e o beijo

comentei com o felipe, autor do filme de q tanto falei abaixo, das minhas impressões sobre o vôo 93. ele me passou um parágrafo, resultado de correspondência com o kleber mendonça (q não gostou do filme - vejam em www.cinemascopio.com.br -, mas quem indicou o beijo pra gente) sobre o longa. achei interessante, e faço minhas as palavras dele. reproduzo abaixo. abjs, lis.

"acabei de ver o voo 93. adoraria discutir contigo re: sua pergunta: por que do filme? acho um filme super sensorial, cuja proposta eh te colocar ali dentro, e viver tudo aquilo q nao tivemos oportunidade de viver. o sublime do terror, o terror do sublime. esse desejo q jamais admitimos de presenciar uma guerra, o trágico. terror total. o sublime kantiano. perfeito pra uma geracao como a nossa, que raramente sente, uma geracao doomed pela ausencia de eventos centrais. nós por aí, sonambulando, tanto qt os personagens de miami vice, tentando encontrar eventos centrais q ajudem a nos definir. o filme nos dá a oportunidade de experimentar o terror que definiu aquelas pessoas que estavam no aviao. e acaba nos dando a oportunidade de sentir o que eles sentiram de maneira tao visceral, e possivelmente (no meu caso absolutamente) sentir por essas pietás-- ao invés de simplesmente olhar pra elas com distancia, estampadas em mais uma foto de jornal. o outro q sofre sem eu sofrer por ele. nao me lembro a ultima vez que eu me senti tao tenso dentro de um cinema. abraçao, F "

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